terça-feira, 2 de novembro de 2010

Jogos...

Sabe aquela amizade que você acaba criando mais expectativas e começa a mudar e moldar seu modo de agir e falar para ver se essa pessoa sente algo mais por você também? Isso acontece sempre. As vezes isso pode se comparar a um jogo. Eu sou um jogador e ela é o outro. Tudo se trata de objetivos e estratégias. Você tem o objetivo de mostrar para o outro jogador seu sentimento, mas disfarçadamente. Como se você tivesse que fazer ela perceber, mas sem deixar ela perceber o que você realmente sente. Então os melhores jogadores utilizam um jogo de palavras e ideias que ficam no ar para, inconcientemente, demonstrar, disfarçadamente o que sentem. Mas, o problema dos jogadores é se perder no jogo. Quando nos perdemos no jogo, esquecendo o objetivo pelo qual entramos ou acabamos não sabendo como completa-lo. Ás vezes por medo de assustar o outro jogador, deixamos passar a hora de falar o seu objetivo. Ou falamos o objetivo muito rápido e realmente assustamos o outro jogador e perdemos até a amizade que tinhamos. Ou até pensamos em estratégias e mais estratégias em vão sem ter oportunidades de usá-las. Ou pensamos excessivamente na hora certa de revelar o nosso objetivo e nos perdemos na imensidão de possibilidades. Este jogo já teve vários nome. Hoje eu inventei um novo. Se chama amor.

Amor

Me perco em sensações.
Espero calmamente, porém
Explodo em alucinações.
Pronto! Já me fiz refém.

Olhos deveras intensos
Nos quais eu me perco.
Labios devidamente espessos
Onde eu me afogo.

Pele de pêssego,
Cuja a sutileza me espanta e,
Ao tocá-la, ah
Como me encanta.

Eu acho que é amor,
Não importa.
Eu gosto.
Seja lá o que for.

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